Fechar
Sábado, 20 de abril de 2024
Sábado, 20 de abril de 2024
Política 04/12/2020

Professora Elizabeth deve ter a maioria na Câmara

Pelo menos 11 dos 19 vereadores devem integrar a base do Governo da Professora Elizabeth Schmidt a partir de 2021 no Legislativo

Ouça a notícia Tempo de leitura aprox. --
Professora Elizabeth deve ter a maioria na Câmara

Finalizadas as Eleições Municipais 2020, com a definição da Professora Elizabeth Schmidt (PSD) para administrar a Prefeitura pelos próximos quatro anos, e dos 19 vereadores para a Legislatura 2021-2024, a primeira prefeita da história de Ponta Grossa deve contar com uma base governista que será a maioria na Câmara.

Dos 19 eleitos, pelo menos 11 estarão alinhados com a próxima administração. Destes, sete são parlamentares eleitos por partidos que estiveram na coligação de apoio a Elizabeth Schmidt e outros quatro manifestaram a preferência pela candidatura da atual vice-prefeita no segundo turno do pleito municipal.

Correligionários da prefeita são três: Paulo Balansin, Divo e Daniel Milla. Do PV se elegeram Filipe Chociai e Léo Farmacêutico. Do Avante o aliado é o Pastor Ezequiel. Do PSDB, Dr. Erick. Os tucanos elegeram também o vereador Felipe Passos, que chegou a ser cotado para ser o candidato a vice de Elizabeth, mas que deixou de apoiar a atual vice e na próxima legislatura deve ficar na oposição.

Assim, PSD, PV, Avante e PSDB garantem sete integrantes para a base governista. Outros quatro são de partidos que estiveram com o então candidato Marcio Pauliki (SD) no primeiro turno das eleições, mas que optaram pelo apoio a Elizabeth no segundo turno, mesmo com a manifestação do administrador por seu poio pessoal a Mabel Canto (PSC).

São eles Missionária Adriana (SD), Leandro Bianco (Republicanos), Jairton da Farmácia (DEM) e Valter José de Souza (PRTB), o Valtão. Adriana e Bianco optaram pelo apoio a Elizabeth por afinidade pessoal. Jairton tem relação estreita com o vereador Sebastião Mainardes Junior (DEM), que foi o coordenador da campanha de Elizabeth e deve fazer a ponte para que o correligionário integre a bancada de situação.

Valtão e o PRTB municipal definiram apoio a Elizabeth contrariando uma determinação da direção estadual do partido. Com isso, a provisória municipal foi destituída. Porém, como Elizabeth venceu o pleito, Valtão deve figirar na situação.

Oposição

Pelo canário atual, considerando partidos e alinhamento político, a bancada de Oposição deve contar com pelo menos seis integrantes.

A vereadora eleita do PSOL, Josi Kieras, que fará um mandato coletivo, já havia anunciado no segundo turno que seria oposicionista na Câmara, independente que quem vencesse a eleição. Irmã da ex-candidata Mabel Canto, Joce Canto (PSC) também vai trabalhar na ala da Oposição, assim como o vereador Geraldo Stocco (PSB), que já integrou a Oposição durante o Governo Marcelo Rangel (PSDB).

Também reeleito, Dr. Zeca Raad rompeu com o atual Governo no final deste mandato, depois de encabeçar a ida do seu partido, o PSL, para apoiar Pauliki no primeiro turno. O médico-vereador foi o vice de Rangel no mandato 2013-2016, mas optou por outros caminhos políticos nestas eleições e a consequência deverá ser ter um mandato como opositor.

O tucano Felipe Passos foi outro que tomou o mesmo rumo. Após um mandato na situação, sendo cotado para ser o candidato a vice de Elizabeth, ele deixou o grupo e foi com Pauliki no primeiro turno, mesmo pertencendo ao PSDB de Rangel. Agora, o destino deve ser a Oposição.

De volta ao Legislativo depois de um mandato fora, Júlio Küller esteve aliado a Mabel Canto na campanha e a tendência também é vir a integrar a ala oposicionista. Küller chegou a ser secretário de Assistência Social de Rangel no primeiro mandato do prefeito, mas rompeu no final e lançou candidura à Prefeitura em 2016.

????

Para finalizar o posicionamento a ser adotado pelos 19 vereadores da próxima legislatura, restam Izaías Salustiano e Ede Pimentel. Os dois são do PSB, partido do deputado federal Aliel Machado e que teve o vereador Pietro Arnaud como candidato a vice de Mabel Canto.

Entretanto, embora de um partido de Oposição, a boa relação que mantêm com integrantes da atual administração pode fazer com que venham a ocupar a base governista.

Salustiano foi cargo de confiança de Rangel ao longo deste mandato e só foi para o PSB por não concordar com a entrada de Pastor Ezequiel Bueno no Avante, partido ao qual estava filiado. Em uma decisão que depois de mostrou acertada, foi para o PSD. Se ficasse no Avante não tinha sido eleito.

Ede Pimentel tem o pai, o ex-vereador Delmar Pimentel, muito próximo do Governo Municipal. Delmar checou a ser presidente da extinta Agência Reguladora de Água e Saneamento de Ponta Grossa (ARAS), no primeiro mandato de Rangel, e sempre circulou bem dentro do Governo. Tem uma relação também próxima ao presidente da Câmara, Daniel Milla, correligionário de Elizabeth. Sendo assim, não será nenhuma novidade ver Ede Pimentel na base da situação.

Veja como deve ficar dividida a Câmara entre Situação e Oposição para o mandato 2021-2024:

Base governista

Paulo Balansin (PSD)

Divo (PSD)

Daniel Milla (PSD)

Filipe Chociai (PV)

Léo Farmacêutico (PV)

Pastor Ezequiel Bueno (Avante)

Dr. Erick Camargo (PSDB)

Missionária Adriana (SD)

Leandro Bianco (Republicanos)

Jairton da Farmácia (DEM)

Valter José de Souza (PRTB)

 

Oposição

Geraldo Stocco (PSB)

Josy Kieras (PSOL)

Joce Canto (PSC)

Júlio Küller (MDB)

Felipe Passos (PSDB)

Dr. Zeca (PSL)

 

Eleitos por partido da oposição, mas com boa relação com o Governo

Ede Pimentel (PSB)

Izaías Salustiano (PSB)