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Política Ponta Grossa 12/09/2019

Pequenos construtores de PG vão a Brasília por medidas para o setor

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Pequenos construtores de PG vão a Brasília por medidas para o setor

Um grupo de representantes da Associação Paranaense de Construtores (APC) – que tem sede em Ponta Grossa – esteve em Brasília nos dias 10, 11 e 12 de setembro para buscar apoio parlamentar e discutir as necessidades do setor. Já há alguns meses a construção no país vem sofrendo com contingenciamento de recursos dos programas federais o que tem gerado paralisações em obras e empreendimentos, ocasionando demissões e diminuição do investimento em municípios.

A ida até a capital foi motivada por um evento promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pela Federação Nacional dos Pequenos Construtores (FENAPC) para mostrar que a indústria da construção pode ser protagonista na retomada do crescimento econômico nacional, na geração de empregos e no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Durante o encontro ‘A construção na condução da retomada do emprego’, realizada no dia 11, cerca de 40 parlamentares de todas as regiões do país participaram de um amplo debate sobre o futuro do setor. Entre os destaques, caminhos para estimular a criação de 936 mil empregos no mercado imobiliário, em concessões municipais, saneamento e retomada de obras paralisadas.

Também participaram do debate o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, e mais de 100 representantes do setor da construção, sendo 10 do Paraná – seis de Ponta Grossa, da APC; dois de Londrina, da ACL; e dois de Maringá, da Aconap.

“Já conseguimos alguns avanços, como a liberação dos recursos do [programa] Minha Casa, Minha Vida, anunciada no dia 11 pelo presidente da Caixa. Mas ainda temos outras pautas que são prioritárias para o setor, principalmente a segurança para o investimento, que é o que pode nos ajudar a gerar emprego e renda em nossas cidades”, destacou o vice-presidente da APC, Fabiano Gravena Carlin.

Visita a deputados

Para essa agenda, os construtores visitaram todos os gabinetes de deputados paranaenses em busca de apoio e comprometimento com o setor. Segundo estimativas os atrasos ocorridos no repasse do MCMV impactaram diretamente em 200 mil postos de trabalho em todo o país.

Ao mencionar a importância da construção civil para essa retomada, o presidente da CBIC, José Carlos Martins, destacou que o simples fato de o setor ter crescido 1.9%, já fez o Brasil ter um resultado positivo, puxando o PIB Nacional (0,4%) para cima.

“Esse aumento foi gerado apenas pelo mercado imobiliário da Região Sudeste, via Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Imagine se todos os segmentos estivessem funcionando – mercado imobiliário (FGTS, SFI), obras públicas e de infraestrutura, obras industriais e corporativas setor”.

Martins apontou dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que revelam que a cada R$ 1 milhão de investimentos na construção são gerados diretamente 7,64 empregos e uma renda de R$ 492 mil e direta e indiretamente 11,40 empregos e renda de R$ 772 mil. (Com assessoria)