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Destaques TV Doc 21/08/2020

Rangel ressalta legado na Prefeitura e destaca pré-candidatura Elizabeth-Felipe Passos

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Rangel ressalta legado na Prefeitura e destaca pré-candidatura Elizabeth-Felipe Passos

Marcelo Rangel entrou na vida pública ao ser eleito deputado estadual em 2006. Na época, pelo PPS, Rangel conquistou a reeleição em 2010, também pelo antigo PPS (hoje Cidadania). Em 2012, Rangel deixou a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para disputar e ganhar a eleição mais concorrida da história da Prefeitura de Ponta Grossa, superando o petista Péricles de Mello.

Oito anos depois, Rangel encerra a jornada no comando da Prefeitura diante da pandemia da Covid-19. Em 2016, Rangel enfrentou Aliel Machado (na época na Rede Sustentabilidade) e se consagrou como o segundo prefeito reeleito da história do município. Em 2020, o gestor busca compor o grupo que irá tentar sucedê-lo no comando do Palácio da Ronda. Acompanhe a entrevista concedida pelo gestor ao jornalista Eduardo Farias, no programa Doc.com na Rede, iniciativa do Jornal da Manhã, portal aRede o blogdodoc.com. Confira e assista abaixo:

Eduardo Farias: Tivemos a visita do governador Ratinho Junior na cidade no Hospital da Criança e também a nova UPA. O que representa a ampliação do atendimento Covid em PG?

Marcelo Rangel: Eu considero um sonho realizado na minha vida pública e na minha vida pessoal. Eu entrei na política em 2006 por causa dos leitos de UTI pediátricas que nós não tínhamos. E agora terminar o mandato com a entrega desse novo hospital que vai ser referência para todo o Estado do Paraná, com equipamentos e estruturas novas. Queria agradecer aqui também ao governador, pela parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado. A Prefeitura fica com o PAI (Pronto Atendimento Infantil). Em 2013, o Hospital da Criança só atendia à noite, depois das 18h, e não tinha estrutura nenhuma. O Ministério da Saúde queria fechar o hospital, inclusive. Na época era como um posto de atendimento infantil, e hoje não. Podemos dizer que ele é um hospital de referência no Estado. Isso é uma vitória para a cidade de Ponta Grossa.

EF: Com a abertura de novos leitos no Hospital Regional, você acha que a cidade avança no setor de saúde?

Marcelo Rangel: Sim. Infelizmente a doença [covid-19] ainda está aí, ainda temos que conviver com essa fase difícil da pandemia. Todos os municípios já passaram por isso. Aqui no Paraná a nossa capital passou por esse momento complicado, assim como Londrina, Maringá, Cascavel. Foz do Iguaçu e nós também. Mas, felizmente, nós estamos tendo uma estrutura melhor, com novos 25 leitos do Hospital Universitário, a taxa de ocupação da Região Metropolitana de Curitiba está caindo muito. Então nós temos uma estrutura de atendimento com o SAMU aéreo que nos dá mais segurança, mas infelizmente ainda temos que conviver com os aumentos nos casos e de infectados. Mas eu acredito que teremos boas notícias nos próximos dias, vamos começar a ‘descer a serra’ [diminuir os casos].

EF: Você acredita que o principal desafio que você enfrentou foram as medidas do governo para conter a contaminação da Covid em paralelo ao fator econômico do município?

Marcelo Rangel: Sim. Sem dúvida nenhuma. As medidas que precisamos adotar foram de acordo com o que estávamos acompanhando no dia-a-dia, a preocupação da população. Por exemplo, tivemos um caso esta semana, que foi um caso emblemático, que acontece no mundo todo, e nós precisávamos tomar uma decisão. O momento mais difícil desta doença, é o momento da despedida. Porque aquela pessoa lutou pela vida, foi para a UTI e infelizmente perdeu a batalha para a Covid-19.  E o procedimento atual é que aquela pessoa é lacrada e ela não tem despedida. Isso é desumano, isso não tem como explicar a dor que essa família tem.

O que aconteceu esta semana, me fez pensar a respeito de funerais e velórios de Covid. Pois a pessoa que está infectada pela Covid e torna-se uma vítima fatal, ela não transmite com maior intensidade com uma pessoa viva. E eu busquei essas informações com técnicos. Essa pessoa transmite o vírus no ar? (Eu perguntei) e eles disseram que não, porque a pessoa não respira. Então irei alterar o protocolo, pois esse protocolo ele tem recomendações Estadual, Federal e da OMS. A OMS é mais complicada, se equivocaram várias vezes, como por exemplo, eles foram contra as máscaras num primeiro momento.

EF: Existe uma definição em relação aos horários do comércio?

Marcelo Rangel: Sim, com a vinda dos novos 25 leitos para o HU. Hoje temos um hospital somente para mães e crianças. Nós vamos avançar sim nos setores produtivos da cidade. Tivemos uma alteração por causa do comércio. Nós trouxemos os empresários, e solicitamos a eles medidas ainda mais restritivas e de precauções de cautela em relação a aglomeração. O problema é a aglomeração. Mas durante a reunião nós chegamos à conclusão de que estender o horário e diminuir a aglomeração.

Estamos trabalhando com um horário menor, e assim pode gerar uma aglomeração no comércio. Assim, diminuímos a aglomeração nas empresas e nas lojas e também, não conhece os horários do transporte público. Intercalando os horários, para que não haja o horário de pico. Ainda existem problemas. Porque nenhuma cidade do mundo conseguiu resolver. Mas é um dos atos mais eficazes que fizemos enquanto a aglomerações.

EF: Em relação aos clubes, aos society's e os eventos de modo geral. Existem algumas perspectivas?

Marcelo Rangel: Hoje eu recebi um documento em relação aos eventos, recebi um projeto novo em relação aos eventos. Pois se você consegue abrir com responsabilidade e evitando a aglomeração, podemos avançar nesta conversa. Mas tem que ter a participação de todos, pois não adianta parte do setor de eventos trabalhar corretamente e um evento acontecer de maneira ilegal, colocando o trabalho de todo mundo em risco. Por isso tem que ser muito estudado para ser avançado. E sim, após cinco seis meses de pandemia, a hora é de retorno.

EF: Obviamente que o Governo irá apresentar uma candidatura à sua sucessão. Essa candidatura é da Elizabeth Schmidt?

Marcelo Rangel: Não tenho dúvida do nome da Elizabeth Schmidt com o nome de consenso do grupo. Porque ela é a vice-prefeita. Ela atua no poder público há muitos e muitos anos, ela é uma pessoa extremamente preparada. Ela já foi secretária da Educação, secretária de Recursos Humanos, secretária de Turismo, secretária de Cultura, professora e ela é a vice-prefeita. Tomara, é o que nós queremos. É o que o grupo quer que a professora Elizabeth Schmidt venha a frente do nosso grupo, como a nossa candidata. Claro, que ainda temos mais alguns dias, as convenções, ainda existe as discussões, tem a questão familiar. Mas ela sem dúvida nenhuma seria a pessoa que conseguiria unir todo um grupo, toda a administração para que o trabalho não parasse.

E o Márcio Ferreira? O Márcio é um grande amigo, uma grande pessoa que nós temos um apreço e um respeito absoluto por ele. E ele tem o direito também de cidadão de se colocar como candidato. Eu acho que o Márcio Ferreira é uma pessoa que eu considero de maior fidelidade que nós temos que a cidade de Ponta Grossa já viu. E ele também faz parte deste grupo, ele também tem a admiração da Elizabeth, ele também é um grande amigo pessoal da família.

EF: É possível que o Felipe Passos, que é do seu partido, seja o candidato a vice?

Marcelo Rangel: Eu também gostaria de ver o Felipe como nosso vice. Porque o Felipe foi candidato a deputado federal com o Sandro Alex. Dos candidatos que nós tivemos, o Felipe foi o segundo colocado, fez 25 mil votos só em Ponta Grossa e 55 mil votos em todo o Estado. O Felipe era uma pessoa extremamente humilde, que defendendo a família dele, ele recebeu um tiro, ele tem as suas limitações motoras, mas não tem limitação alguma de intelectualidade, de proatividade, de ser uma pessoa inovadora, diferente, novo, jovem, porque ele é um garoto que também pode trazer essa juventude para o governo. Isso é um espetáculo. Então ele é uma pessoa humilde, uma pessoa simples que entrou na política querendo a inovação da política. Unindo com a experiência da Elizabeth, na minha opinião é a candidatura dos sonhos da atual administração.

EF: Como você analisa as candidaturas da oposição formando suas pré-candidaturas?

Marcelo Rangel: Eu respeito à esquerda, a oposição. Nós temos na assistência social e nos serviços públicos essenciais uma linha mais à esquerda. Temos no emprego e na industrialização uma tendência mais à direita. O nosso governo é de centro, sempre foi de centro, mas utilizamos em várias áreas como a educação, a assistência uma tendência de esquerda. Na segurança, na industrialização e no emprego mais à direita. Nós respeitamos os nossos adversários.

A linha que nós tomamos é uma linha de desenvolvimento, infelizmente a minha oposição ela sempre foi contra: contra o Lago de Olarias, foi contra a educação em tempo integral, entre outras coisas. Eu tenho um certo receio dessa oposição chegar ao poder e tentar destruir tudo o que nós conquistamos. Nós fizemos bons investimentos na cidade, e queremos que isso continue. Vamos respeitar nossos adversários, mas vamos defender o que conquistamos nestes últimos oito anos.

EF: O PSDB, PSD, AVANTE, PSL e, possivelmente, o PV devem formar a aliança do grupo da sucessão?

Marcelo Rangel: Estes partidos já estão compondo a nossa administração. A gente tem confiança nesse grupo já formado que conquistou pessoas da ala da esquerda e da direita. Acredito que com esses partidos podemos mostrar para as pessoas de Ponta Grossa tudo aquilo que conquistamos. Acredito que nesta eleição diferenciada, é possível mostrar que fez e quem não fez. A população não quer uma aventura, hoje o prefeito tem que ter responsabilidade, serviço prestado. A população não vai confiar em quem não conhece. A Elizabeth tem condições e serviços prestados. E assim queremos mostrar para a população é a segurança. Que é aquele que não desmancha aquilo que já foi feito.

EF: Como esta a posição do Democratas no Governo?

Marcelo Rangel: Natural. O deputado [Plauto Miró] está pensando na reeleição. O partido continua [três secretários] estão juntos conosco. Nós não perdemos com essa saída do DEM do grupo. Isso foi uma decisão pessoal do parlamentar, que fez um acordo político, que pode gerar um benefício para um e para outro lá na frente das eleições para deputados.

EF: Qual vai ser o futuro do Marcelo Rangel a partir do dia 01 de janeiro?

Marcelo Rangel: Então, eu sou formado em Direito na UEPG, vou exercer minha profissão de advocacia, trabalhar na consultoria, como fui prefeito eu posso levar alguns conselhos para outros prefeitos do Brasil. O governador sempre me fala que gostaria de ter a minha participação direta junto com ele, então estou à disposição ao lado do meu amigo Ratinho. Eu entrei no meio da política por causa dele, nós já éramos amigos antes da política. Ele entrou para deputado federal e eu para deputado estadual. Nós temos uma amizade muito além da política, nós temos uma amizade fraternal.

E eu vou ajudar ele fora da política, se eu for na televisão vai ser um prazer. Estarei na rádio, onde temos a Mundi a Massa FM. Vou defender a cidade sempre. Eu sou o prefeito mais feliz do país, tenho certeza disso. Entregar o Hospital da Criança é um sonho realizado. Eu adoro ser PAI, tenho dois filhos, e eu me sinto pai de cada criança. Eu estou muito feliz, estou realizado, eu não ligo para críticas, qualquer prefeito do mundo recebe críticas. Inclusive nossos adversários me criticam. O que ficam são os trabalhos, as realizações. (As informações são do Portal aRede)

Assista:

Foto: Cristiano Barbosa\aRede