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Destaques 08/06/2020

Eleições 2020: Articulações nos bastidores começam a esquentar em PG

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Eleições 2020: Articulações nos bastidores começam a esquentar em PG

O assunto que pauta as rodas de conversas e os meios de comunicação no momento é a pandemia do novo coronavírus e suas consequências na área da saúde e da economia. Porém, nos bastidores as conversas entre as lideranças políticas e partidárias estão a todo vapor em Ponta Grossa. Muitas dessas conversas, aliás, feitas online, para respeitar a quarentena, mas sem deixar as estratégias eleitorais de lado. Mesmo porque as convenções estão mantidas entre os dias 20 de julho e 05 de agosto, com reuniões virtuais.

O principal assunto das conversas é a corrida pelo Palácio da Ronda, tendo em vista que chega ao fim o ciclo do prefeito Marcelo Rangel (PSDB) após dois mandatos consecutivos, e os grupos opositores vêm uma chance para assumir a administração pública do Município.

Nos últimos dias, uma aproximação política que se aventava há algum tempo, começou a ganhar forma. Trata-se de uma possível aliança entre o pré-candidato do Solidariedade a prefeito, o empresário e ex-deputado estadual Marcio Pauliki, com o Democratas, do deputado estadual e vice-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Plauto Miró Guimarães Filho.

Conversas estão fluindo

Os dois lados confirmam que as conversas iniciaram e estão fluindo bem. Desde a época em que foram colegas de Assembleia, Pauliki e Plauto mantêm boas relações políticas. Para Pauliki, ter o DEM numa coligação, além de encorpar o time, representa maior espaço dentro do tempo de propaganda política na televisão, que é fundamental em qualquer campanha que procure ser competitiva. Já para o DEM, é uma possibilidade de participar com propostas e mesmo com a indicação de um nome para ocupar o lugar de vice-prefeito numa chapa viável eleitoralmente.

Pauliki garante que além do DEM, deve contar com mais três partidos em uma futura coligação. Mais partidos que isso, ele entende que fica difícil de fazer um governo focado em gestão, pois corre o risco de haver um 'loteamento de secretarias'.

Plauto afirma que fazer a indicação de um vice não é condição para uma possível aliança, mas que será bom caso o escolhido seja do DEM. Até o momento, o partido tem o vereador Sebastião Mainardes Junior como pré-candidato a prefeito. Assim, com uma aliança se concretizando, o nome do vereador ganha força para ser o vice na chapa de Pauliki.

Uma ou duas candidaturas

Outra questão que vem sendo bastante debatida nos bastidores é a estratégia a ser adotada pelo prefeito Marcelo Rangel (PSDB) e seu grupo para a disputa eleitoral. A expectativa era em torno de uma possível candidatura do juiz federal Antônio César Bochenek, que acabou não se concretizando diante da indefinição sobre a data da realização da eleição devido à pandemia da Covid-19, e por conta dele precisar deixar a profissão de magistrado para ser candidato.

Assim, o nome que ganha força para ser a candidatura do Governo é o da vice-prefeita, Elizabeth Schmidt (PSD). O prefeito já falou em algumas oportunidades que vê como natural a candidatura da vice para sua sucessão. Em uma fala no rádio em outubro do ano passado, Rangel citou os nomes de alguns secretários como possíveis candidatos, mas no momento o nome de Elizabeth desponta.

Ocorre que, uma ala dentro do grupo defende a apresentação de duas candidaturas à Prefeitura, uma com Elizabeth, pelo PSD, e a outra pelo PSL, com Márcio Ferreira, que deixou no início deste mês o cargo de secretário de Obras e Serviços Públicos dentro do prazo para poder ser candidato.

Porém, uma outra ala entende que, "quem tem dois candidatos não tem nenhum", já que a divisão pode enfraquecer o grupo e custar a ida para o segundo turno. Pelo que se sabe, há quem defenda a união dos dois nomes, com Elizabeth para prefeita e Ferreira para vice. Conjectura que pode avançar nas próximas semanas, e caso se concretize nas convenções, com o apoio do governo municipal, e também do estadual, já que Elizabeth está no PSD do governador Ratinho Junior e do secretário estadual de Infraestrutura e Logística, o deputado federal licenciado Sandro Alex, será uma chapa competitiva, que não pode ser menosprezada pelos opositores.

Projeto eleitoral

O nome do vereador Felipe Passos (PSDB) chegou a ser ventilado para ocupar a vaga de vice numa chapa com Elizabeth, mas o parlamentar, que foi eleito com a segunda maior votação para a Câmara em 2016, com quase seis mil votos, e alcançou perto de 50 mil votos para deputado federal em 2018, teria como projeto eleitoral ser reeleito com uma votação expressiva e se credenciar para uma candidatura viável a deputado estadual em 2022.

O fato é que as conversas começam a esquentar nos bastidores, mas ainda tem muito o que acontecer até a definição das candidaturas. Até lá, espera-se que a pandemia esteja sob controle.