Projeção de pico do Covid-19 em PG é para o mês de julho

A previsão do pico do novo coronavírus no município de Ponta Grossa é projetada para a data entre 10 e 25 de julho, com um número próximo de 800 infectados, sendo que destes, 5% serão casos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs). O prognóstico foi feito por um grupo de estudos de epidemiologia dos departamentos de Enfermagem e Medicina da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), e apresentado para a sociedade em uma live nas redes sociais da Prefeitura junto ao prefeito Marcelo Rangel (PSDB).

A pós-doutora em epidemiologia Camila Martins explica que a curva foi prevista de acordo com as medidas atuais de prevenção na cidade de Ponta Grossa. Ou seja, caso a população passe a romper com o isolamento social e o comércio for reaberto completamente, o prognóstico pode ser acelerado e o número de casos aumentar. A doutora salienta que se a cidade não realizasse as ações preventivas, o quadro de infectados no pico, segundo os estudos, seria de 4 mil casos.

O pico

O pico é o momento mais crítico da doença na cidade. Primeiro o número de casos aumenta exponencialmente, e no segundo momento, quando começa a diminuir o diagnóstico da doença, é constatado que houve o pico, explica Camila. Além disso a epidemiologista também esclarece que a velocidade do declínio da curva, diminuição de casos, será na mesma velocidade que as confirmações. Isso não significa que quanto mais rápido a cidade passar pela pandemia melhor será, pois a curva não iria se manter achatada e as consequências seriam o não suporte do sistema de saúde e uma maior taxa de transmissão, o que pode levar a um maior número de óbitos.

Vacinação influenza

Durante a live o prefeito explicou que tomar a vacina contra a gripe influenza é importante para que o sistema de saúde da cidade não precise lidar com duas doenças.

Situação de Ponta Grossa

No contexto da pandemia, Ponta Grossa, com 19 casos testados positivos, está em um cenário menos alarmante, afirma Rangel. Cidades com densidade demográfica semelhante a de PG, como Cascavel e Maringá, registram 85 e 61 casos, respectivamente. Rangel explica que a causa dessa diferença no número de casos foram as medidas tomadas como precaução e o isolamento social.