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Ponta Grossa Destaques 29/07/2019

"Não existe desconfiança, mas erros podem ocorrer", afirma Pelissari sobre Fundo do Transporte

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"Não existe desconfiança, mas erros podem ocorrer", afirma Pelissari sobre Fundo do Transporte

O presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), engenheiro Roberto Pelissari, esteve nesta segunda-feira (29) na Câmara para tirar dúvidas dos vereadores em relação ao projeto que institui o Fundo Municipal do Transporte Coletivo Urbano de Ponta Grossa. O gestor da AMTT respondeu a diversos questionamentos e defendeu a criação do Fundo "para dar total transparência ao sistema de transporte coletivo".

Segundo Pelissari, não se trata de desconfiar das informações repassadas pela concessionária, a Viação Campos Gerais (VCG), mas frisou que erros acontecem, tanto de sistema quanto de pessoas, e que a administração municipal tem o objetivo de utilizar o Fundo exatamente para deixar todas as informações públicas. O meio para expor tais dados ao público será o portal da Prefeitura na internet.

Demora

O engenheiro explicou que não procede a informação passada pelo jurídico da concessionária de que todos os requerimentos da Prefeitura são respondidos em 48 horas. Conforme ele, a demora é de pelo menos uma semana, e os dados são passados em sistema txt, o que é considerado arcaico e que dificulta uma análise rápida dos números. "Não digo que tenha algo de errado, mas dificulta muito. Pode ter erro de sistema ou de pessoas. Por isso queremos total controle, para que tenhamos uma gestão mais tranquila e transparente", declarou o presidente da AMTT.

Sobre o fato de a VCG ter se disponibilizado o sistema atual para acesso de membros da AMTT, Pelissari frisou que o chamado espelhamento do sistema não é o mesmo do que administrar toda a gestão do transporte coletivo. "Não queremos espelhamento do sistema, sem poder intervir. Não dá autonomia. A intenção é ter transparência total. Não nos sentimos confortáveis pelo sistema de espelhamento. Não nos sentimos seguros. Além disso, tivemos recomendação do TCE para implantar um novo sistema para fiscalização", disse Pellisari, lembrando da auditoria realizada no sistema de transporte recentemente, e que apontou irregularidades a serem sanadas.

Vontade só agora?

Ele lembrou ainda que "em momento algum teve a vontade da empresa em disponibilizar os dados do sistema antes da nossa proposta de cria o Fundo". Pelissari explicou aos parlamentares que sempre houve grande dificuldade para obter informações da gestão do transporte, e que ainda há.

Pelissari respondeu aos vereadores que o Fundo do Transporte vai possibilitar, também, a verificação se em algum momento existir saldos remanescentes nos cartões de passagem, o que atualmente não é possível saber. De acordo com ele, o foco não é conseguir a entrada do dinheiro do transporte aos cofres do Município, como alguns parlamentares apontaram, "pois todo o montante ficará a cargo da AMTT e será repassado para a concessionária em até 48 horas".

"Ninguém aqui está focado no dinheiro. Não queremos o que não é nosso. Queremos ter acesso para sanar as dúvidas que ainda existem", finalizou Pelissari.

Trâmite suspenso

O novo projeto para criação do Fundo está com a tramitação suspensa na Câmara em consequência de uma medida judicial liminar, em processo apresentado pelos vereadores da Oposição ao Governo, que questionam o novo projeto, após a rejeição de matéria que tratava do tema recentemente.

Foto: Kauter Prado\Câmara