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Política Ponta Grossa 22/01/2018

Eleições 2018: Lideranças de Ponta Grossa devem mudar de partido

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As eleições deste ano ocorrem em 7 de outubro e o calendário eleitoral já está em vigor há algum tempo. E uma das datas mais aguardadas no meio político ocorre entre 7 de março e 7 de abril, na chamada 'janela partidária'. Muitas lideranças de Ponta Grossa preparam terreno há meses para mudar de partido. O objetivo principal é encontrar melhores condições para se eleger ou reeleger, mantendo uma certa coerência ideológica, se possível.

A lista das possíveis trocas engloba pelo menos dois deputados locais: um federal, Aliel Machado, e outro estadual, Márcio Pauliki.

Aliel se elegeu pelo PCdoB e posteriormente foi para a Rede Sustentabilidade. Entretanto, é grande a possibilidade de vir a mudar de agremiação partidária para buscar a reeleição. O motivo: a Rede tende a ter dificuldades em nível estadual para conseguir uma boa relação de candidatos com chances de garantir a eleição de seus representantes mais votados.

PSB

Diante disso, Aliel tem conversado com alguns partidos para definir um futuro político-partidário mais viável eleitoralmente. E o destino mais cotado depois dessas conversas é o Partido Socialista Brasileiro (PSB). A cúpula nacional do partido já deu o aval para o ingresso do jovem parlamentar. A ideia do PSB é contar com lideranças combativas em seu quadro e Aliel se encaixaria nessa perspectiva.

Pelo que se sabe, caso a opção seja mesmo por uma mudança, Aliel deve fazê-la ainda em janeiro, no mais tardar fevereiro - ele é o único em nível local que não precisa esperar pela 'janela' por ter mudado para um partido novo. O pensamento é de que, se for pra mudar, quanto antes melhor, já que dará mais tempo pra filiar seus aliados políticos e organizar o partido até as eleições.

Podemos

Outro que muito provavelmente mudará de cores partidárias é Marcio Pauliki. O deputado estadual se elegeu pelo PDT e se mantém no partido até o momento. Entretanto, 'namora' com o Podemos - antigo PTN - já há algum tempo. O fato de o ex-senador Osmar Dias, presidente estadual dos pedetistas, também estar próximo de ir ao Podemos, aumenta as chances de Pauliki trocar de sigla.

A ideia do deputado estadual de ir ao Podemos passa por uma futura candidatura de Osmar ao Governo do Estado pelo partido, o que teria condições de dar maior visibilidade à candidatura de Pauliki, que garante, será a deputado federal, e não mais a estadual.

Ainda no âmbito de futuros candidatos a federal, o deputado Sandro Alex, que buscará seu terceiro mandato, irá permanecer no PSD. Ele já optou por mudar de partido na janela de 2016, quando deixou o PPS. Agora, já estruturou o PSD no Estado, enquanto esteve na presidência estadual, especialmente nos Campos Gerais, Centro-Sul e Norte Pioneiro.

Estadual

Entre os pré-candidatos a estadual, Plauto Miró não dá mostras de que deixará o DEM, que se originou do antigo PFL, partido em que o parlamentar iniciou na vida pública. Péricles de Mello é outro que não tende a deixar o PT. Mesmo com todo o desgaste que o partido sofreu em nível nacional, o deputado é um dos fundadores da sigla em Ponta Grossa e no Paraná, e entende que não deve abandonar o barco.

Entretanto, ainda é possível que Dr. Zeca mude de partido. Atualmente no PPS, ele poderá decidir por ir a um partido em que precise de um menor montante de votos para se eleger. Caso mude, o PPS deve optar pelo vereador Rudolf Polaco para ser candidato a estadual.

Solidariedade

Outro vereador pré-candidato à Assembleia Legislativa, Ricardo Zampieri, do Solidariedade, também poderá mudar de legenda. Isso porque, em nível estadual, o presidente do SD, deputado federal Fernando Francischini, já anunciou que deixará o partido para se filiar ao PSL, para acompanhar Jair Bolsonaro, e deverá levar junto o seu filho, deputado estadual Felipe Francischini. Ricardo ingressou no SD pelas mãos do deputado federal e a saída de Francischini pode interferir no futuro político-partidário do vereador.

Prefeito

O prefeito Marcelo Rangel também deve mudar de partido em breve, deixando o PPS para ingressar no PSDB. A regra eleitoral da mudança de partido não engloba prefeitos e ele não precisa esperar a 'janela'. Assim, ainda em fevereiro tende a entrar no 'ninho tucano'. Para fins eleitorais, Rangel cogita uma candidatura a governador ou a vice-governador, a depender dos cenários a serem estabelecidos.

Ponta Grossa tem mais pré-candidatos, mas, em síntese, é esse o cenário atual em relação às mudanças partidárias. Aguardemos a 'janela' pra saber se as conjecturas se concretizam, ou não!