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Política 05/07/2017

Castro: Colégio agrícola do Paraná é destaque por produção leiteira

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Castro: Colégio agrícola do Paraná é destaque por produção leiteira

O rebanho de vacas leiteiras da raça holandesa do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) Olegário Macedo, em Castro, entrou para uma galeria seleta. Na semana passada a fazenda-escola recebeu da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH) o certificado Vaca Vitalícia 2016 para animais da raça holandesa que produzem mais de 100 mil litros de leite durante a vida.

A vaca Geom Anelita Blitz (nome do animal) produziu 113.607,3 mil litros em seis lactações (período em que o animal produz leite) em 10 anos. A avaliação de controle de produção leiteira reúne os maiores produtores do país. No Brasil, segundo a APCBRH, apenas 510 vacas produziram acima de 100 mil litros durante a vida. Desse total, 464 estão no Estado do Paraná e duas na fazenda da escola, mantida pela Secretaria de Estado da Educação.

“Esse prêmio tem um significado muito importante porque mostra que hoje uma escola estadual, com o auxílio de profissionais qualificados e dedicados e alunos que aprendem na prática, pode ter bons resultados a nível nacional”, disse o diretor do CEEP, Günther Felipe Rudeck.

O colégio possui um rebanho de 110 vacas leiteiras que produzem mais de 1,4 mil litros de leite diariamente. Parte da produção é incluída na merenda, outra é enviada ao laboratório de Agroindústria para aulas práticas. O excedente da produção é vendido pela cooperativa pedagógica que existe no Centro há mais de 40 anos.

Fazenda Escola

São mais de 120 hectares divididos em áreas produtivas onde 430 estudantes executam na prática os conhecimentos vistos em sala de aula. Ali são produzidos leite, dois tipos de milho, aveia, azevém, ovos, milho, soja, trigo e feijão, suinocultura, ovinocultura e caprinocultura.

“O aluno participa de todo o processo de produção, acompanha os setores produtivos na prática e isso fortalece o processo de aprendizagem, deixando o estudante mais preparado para exercer a profissão que escolheu”, explicou Günther.

A rede estadual de ensino possui 18 escolas-fazendas e uma escola florestal, que trabalham com diferentes cadeias de produtos de acordo com o setor produtivo da região para alinhar a formação teórica dos estudantes com a prática que vivenciam em suas propriedades.

Nessas unidades são produzidos doces, panificados, embutidos (queijos, salames), laticínios (iogurte e derivados), soja, milho, feijão, hortaliças, horticultura, suínos, aves, bovinocultura de corte, piscicultura, viveiros de mudas, entre outros.

Nas escolas agrícolas e florestal os estudantes recebem os conteúdos teóricos e o exercício prático da profissão com o acompanhamento de veterinários, agrônomos, zootecnistas e professores.

Estrutura de ponta

O Centro Estadual de Educação Profissional Olegário Macedo oferta os cursos profissionalizantes em Meio Ambiente, Agropecuária e Agroindústria. Para aliar o ensino prático com as aulas teóricas, o Governo do Estado, em parceria com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), equipou a escola com modernos laboratórios específicos para atividades de meio ambiente, agropecuária e agroindústria vegetal, agroindústria de leite e agroindústria de carnes.

Além disso, o Centro tem biblioteca com acervo específico para as disciplinas, laboratórios básicos de Química e Física.

O colégio recebeu também nos últimos anos do Governo do Estado novos equipamentos que auxiliam na formação dos estudantes, como ônibus, trator, arado, encanteirador, máquinas de pasteurização, embaladora a vácuo e embaladora de laticínios. (Fonte: ANPr)