A data-base para o reajuste do funcionalismo público de Ponta Grossa é 1º de maio e o assunto já começou a ser debatido pelo Sindicato que representa a categoria. Em reunião realizada na semana passada, uma assembleia definiu que o pedido por reajuste será de 10%, acima do índice da inflação (IPCA) registrado em 2016, de 6,29%, e que tem previsão de queda neste início de 2017.
Nesta terça-feira (28), o Blog do Doc.com ouviu a manifestação da Controladoria Geral do Município, na pessoa do controlador geral, Lauro Costa, a respeito do tema. A Controladoria é um órgão independente que tem a incumbência de orientar o Governo sobre os assuntos orçamentários.
Irresponsabilidade
Segundo Costa, em um momento de crise financeira e baixa na arrecadação da Prefeitura, seria uma irresponsabilidade conceder um reajuste de 10%, considerado alto e que chega a beirar uma inconsequência administrativa, conforme o controlador.
"No encerramento do exercício de 2016 o Município chegou ao limite máximo de despesas com pessoal estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 54% do Orçamento. Qualquer aumento de despesa neste momento seria um ato de irresponsabilidade, que traria sérios prejuízos ao Município em relação a questões orçamentárias e financeiras, beirando uma inconsequência administrativa", disse o controlador geral do Município.
Ponta Grossa conta atualmente com mais de 8 mil servidores e o impacto de um alto reajuste para os servidores é considerado pela Controladoria como uma 'ameaça' ao futuro financeiro da Prefeitura.
O prefeito Marcelo Rangel (PPS) ainda não se manifestou sobre o tema, o que deve acontecer em reunião com os representantes do Sindicato nos próximos dias.