A estrutura da Prefeitura de Ponta Grossa passará por uma reforma administrativa para o próximo mandato do prefeito reeleito Marcelo Rangel (PPS). De acordo com o prefeito, pelo menos cinco secretarias vão ser acopladas a outras pastas, diminuindo a composição do Governo. Além disso, o corte de comissionados pode chegar a 30% e algumas secretarias importantes terão modificações em suas finalidades. As informações foram passadas durante entrevista concedida à Rádio CBN, no último sábado (03), ao jornalista Ney Hermann.
A Secretaria de Obras e Serviços Públicos vai ficar apenas como Secretaria de Serviços Públicos, enquanto a Secretaria de Planejamento ficará como Secretaria de Infraestrutura e Planejamento.
Finalidade
Mais do que a mudança de nomenclatura, a principal modificação é na finalidade das pastas. Conforme Rangel, a Secretaria de Serviços públicos será responsável por ações consideradas básicas, como o corte de árvores e mato e o tapa-buracos, por exemplo, enquanto a Secretaria de Infraestrutura e Planejamento vai englobar as obras mais complexas, como asfalto - área que será encarada como prioridade ao longo dos próximos quatro anos.
Sobrecarregada
Rangel explica que da forma como funciona atualmente, a Secretaria de Obras e Serviços Públicos está sobrecarregada, pois cuida de um montante de ações muito amplo, que vai desde o asfalto até a limpeza das vias públicas, passando pela manutenção das estradas rurais.
"Nós percebemos que existem muitas reivindicações básicas que a Secretaria não consegue atender porque divide o tempo com ações mais complexas. Por isso vamos separar bem essas atribuições a partir do ano que vem", argumenta Rangel.
Hoje, a Secretaria de Obras e Serviços Públicos tem à frente Alessandro Lozza de Moraes e a Secretaria de Planejamento o engenheiro Ciro Ribas. O prefeito não comentou se eles vão ou não permanecer no comando das novas pastas, de Serviços Públicos e de Infraestrutura e Planejamento.
Fusões
Sobre as fusões de secretarias, autarquias e fundações, Rangel disse que serão pelo menos cinco, mas que pode chegar a seis. Ele não adiantou de quais se tratam. Porém, ressaltou que os estudos nesse sentido estão adiantados.
O corte de comissionados, que a princípio deveria chegar a 20% de um total de quase 300 cargos, pode alcançar a marca de 30%. "Estamos fazendo ajustes administrativos para que possamos passar da melhor forma por esse momento de crise financeira. A ordem é cortar gastos, mas sem deixar de atender bem a população", comenta Rangel. As alterações devem passar pelo crivo da Câmara antes de serem colocadas em prática.
Na mesma entrevista, Rangel anunciou que vai criar a Corregedoria Geral dentro da Prefeitura de Ponta Grossa (leia a matéria).